sexta-feira, 19 de abril de 2013 1w6e5t

Inflação faz até classe A mudar de hábitos 6x5b5l

RIO – Dinheiro não é muito problema para eles. Mas isso não significa que não saibam o valor dele. Eles trabalham, viajam para o exterior e podem comparar os preços de hotéis e restaurantes caros e roupas de grife. Pertencem ao seleto grupo da classe A brasileira. Mas a inflação também tem incomodado este grupo, trazendo mudanças de hábito. Não é bem o tomate, vilão já folclórico da alta dos preços, que pesa no bolso desses consumidores. Mas os serviços, que, puxados pelo aquecimento do mercado de trabalho, sobem acima da inflação oficial. Nos últimos 12 meses, os serviços tiveram alta de 8,37%, acima do avanço do IPCA, de 6,59%.
Mesmo quem está no topo da pirâmide percebe os preços subindo. O mineiro Elias Tergilene, que fundou a rede de shoppings populares Uai, nega-se a pagar por serviços de valor exorbitante. Cansado do preço do estacionamento em São Paulo, onde tinha um carro para circular a trabalho, dispensou o motorista e vendeu o veículo.
— O estacionamento ou a custar mais que o salário do motorista. É mais barato pegar táxi — afirma Tergilene.
Para o empresário Alexandre Accioly o problema é outro. Com apartamento em Miami e constantes viagens aéreas, o preço da primeira classe foi algo que sempre o irritou. Como não gosta de pagar tão caro para dormir, como diz, ele costuma viajar de executiva.
— Se viajei de primeira classe na minha vida foi uma ou duas vezes. Tomo um remédio para dormir e não faço questão de um superconforto — afirma.
A irritação ficou maior nos últimos tempos:
— Quando tinha o dólar elevado, a gente tinha muito espaço no avião. Hoje você faz um voo e a primeira classe custa o dobro da executiva. Prefiro descarregar essa diferença na melhor suíte de hotel para onde estou indo — diz Accioly.
A consultora de estilo Alexia Wenk, enteada do presidente da Amsterdam Sauer, também faz parte do grupo de endinheirados que valoriza o dinheiro que tem. Compara preços e compra bilhete de avião com antecedência. Dona de um brechó chique, no Leblon, diz que o hábito de garimpar e de comprar peças mais baratas aumentou:
— A vida está ficando cara. Você precisa se programar.
Para Patricia Rostock, diretora de pesquisas da consultoria GfK, a alta dos preços de serviços faz com que o consumidor avalie com mais atenção o que está pagando.
— Ficar exigente é um fato. O consumidor que tem dinheiro e uma certa experiência e cultura, acaba selecionando mais — afirma.
‘Quanto mais rico, mais o serviço pesa’
Não é de hoje que a inflação começou a atormentar os mais abastados. Nos últimos cinco anos, enquanto a inflação geral, medida pelo IPCA, foi de 34,4%, o preço do estacionamento, como reparou Tergilene, subiu 65,5%. Já a agem aérea, um gasto mais comum à classe A, aumentou 132,62%. O serviço de empregado doméstico ficou 75% mais caro.
— Quanto mais rico, mais o serviço pesa. O tempo deles é normalmente gasto em ganhar mais dinheiro. Então, eles ficam dependentes desses serviços. E esse tipo de profissional é caro. Da mesma forma que ele não entra em qualquer restaurante, não entra em qualquer salão — afirma o economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A classe A cresceu 41% entre 2003 e 2009, ganhando 3,2 milhões de membros. Segundo a FGV, a renda familiar dessa faixa fica em R$ 9.745 por mês. Para o economista da PUC-Rio Luiz Roberto Cunha, a própria ascensão da nova classe média tem impulsionado os preços para os mais ricos:
— Quanto mais caro vai ficando o empregado doméstico, mais as pessoas comem fora. É um círculo virtuoso para quem está ascendendo socialmente, mas vicioso para a Classe A. Olhando o todo, a sociedade brasileira está cada vez mais homogênea — afirma Cunha.
A professora de piano Olga de Lena, que mora no Jardim Botânico, eliminou supérfluos. Antes pagava R$ 50 para fazer a mão e o pé numa grande rede de salões de beleza. Quando uma ex-manicure abriu um salão perto de sua casa, migrou. Hoje paga a metade. Não estava mais disposta a pagar o dobro para, nas suas palavras, lhe servirem “coca-cola zero em uma bandejinha”.
— Tem uns macetes, você mesma pode levar a tinta para o cabelo. Aí paga só pela mão de obra. Porque eles botam uns 300% em cima — afirma.
R$ 1 mil a menos com troca de supermercado
A consultora de órios Roberta Wright, de 36 anos e moradora do Alto Leblon, trocou o supermercado do bairro por uma rede popular.
— Eu comprava essas besteirinhas que fazem diferença. Então, comecei a fazer compras mensais. Isso faz uma economia de R$ 1 mil por mês.
Para roupas e calçados, a estratégia de Roberta é comprar o mínimo possível no Brasil. Lá fora, principalmente em viagens aos Estados Unidos (ela vai com frequência a Miami, Los Angeles e Nova York), monta não apenas seu próprio guarda-roupa, mas também o de seus dois filhos, de 2 e 4 anos:
— Eu gosto de bolsa de marca, mas acho uma loucura pagar três vezes mais aqui do que lá fora.
A adaptação feita pelos consumidores também se reflete do outro lado do balcão. Não são poucos os donos de restaurante que viram a frequência de clientes fiéis cair. Nos alimentos mais sofisticados, a diferença entre o preço cobrado no restaurante e no supermercado assusta.
Um pedaço de 150 gramas de queijo da Serra da Estrela no tradicional restaurante português Mosteiro custa R$ 68,90. Uma peça de 500 gramas do queijo de mesmo tipo sai a R$ 14 no supermercado Zona Sul. Uma porção de cerca de 300 gramas de manga custa R$ 18 no Quadrifogli. No Pão de Açúcar, a bandeja com duas mangas palmer sai a R$ 9,05.
Com os clientes rareando, os restaurantes buscam alternativas. A Escola do Pão decidiu criar um menu com preço menos indigestos. A oferta custa cerca de R$ 70 no almoço de domingo.
— O Rio está mais caro que Paris e Nova York. Por mais que o cliente seja Classe A, ele não é bobo, ele viaja, conhece, começa a reagir contra os preços. Hoje, não está mais saindo para gastar R$ 800 numa conta — avalia Elen Casagrande, dona da Escola do Pão.
O restaurante Q Gastrobar, do Grupo Quadrucci, também aderiu há pouco tempo ao menu fixo.
— Vejo clientes vindo em intervalos maiores e vejo clientes gastando menos. As pessoas querem manter os hábitos e gastar menos — diz Eduardo Bellizzi, um dos sócios.
* Reportagem publicada no vespertino digital O GLOBO A MAIS
Fonte: O GLOBO

Brasil terá inflação acima da média mundial, prevê ONU 26563k

Por Jamil Chade, correspondente
A inflação no Brasil em 2013 e 2014 ficará acima da média mundial e dos demais países emergentes. Previsões realizadas pelo Departamento Econômico da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que, enquanto na América Latina a previsão é de uma queda da taxa de inflação entre 2011 e 2013, no Brasil ela seguiu uma tendência contrária. Para a ONU, a previsão é de que a inflação no País fique bem acima do centro da meta estipulada pelo Banco Central, de 4,5%. Em 2011, o IPCA fechou exatamente no teto da meta, com 6,5%. Em 2012, a taxa foi de 5,84%.
Na avaliação da ONU, a taxa voltará a ficar em 5,8% em 2013, enquanto a média dos países emergentes teria uma inflação de 5,2%. A taxa, porém, seria menor do que a expansão dos preços na América do Sul que, por causa da inflação de 10% na Argentina e de 24% na Venezuela, terminaria o ano com uma média de 7%.
Entre os países dos Brics, a previsão da ONU para o Brasil também não é das mais confortáveis. A taxa nacional está acima da previsão de 3,1% na China e de 4,2% na África do Sul. Mas inferior aos 7% de inflação na Rússia e 8,9% na Índia, onde a elevação dos preços já é uma preocupação do governo há meses.
Nos países ricos, que sofrem para superar suas crises, a taxa de inflação é bem inferior a dos países emergentes e vem caindo nos últimos dois anos. Em média, os países desenvolvidos terão em 2013 uma inflação de apenas 1,5%. Nos EUA, a previsão é de 1,3%, ante 0,4% no Japão e 2% na Europa. No mês ado, a Grécia registrou sua primeira deflação em 40 anos.
Mas xerifes dos Bancos Centrais de todo o mundo não disfarçam a preocupação com a volta da inflação nos mercados emergentes, principalmente em economias que enfrentam, paralelamente, um freio em seu crescimento. A preocupação é de que o que era até pouco um consenso - o estabelecimento de metas de inflação e a adoção de medidas para ancorar eventuais pressões - acabe sendo diluído diante de um debate sobre a necessidade de dar espaço para que as economias possam crescer. Para 2014, a previsão é de que o Brasil tenha uma inflação de 5%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Copyright © 2013 Agência Estado. Todos os direitos reservados.

Gasolina pesa menos no IPCA-15 de abril 2u5s1e

Por Daniela Amorim
A gasolina ficou 0,20% mais barata em abril, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em março, o combustível tinha registrado aumento de 2,34%. A deflação na gasolina em abril contribuiu para o ligeiro resultado negativo no grupo Transportes, que recuou 0,01%, após ter subido 0,32% no mês anterior.
Ficaram mais baratos também o automóvel usado (de 0,37% em março para -0,24% em abril) e as agens aéreas, embora tenham caído menos (de -16,41% para -9,20%).
Na direção oposta, houve aumentos de preços no etanol (de 3,89% para 1,35%) e no ônibus urbano (de -0,08% para 0,45%).
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Postos de saúde abrem amanhã para dia de mobilização da campanha contra a gripe 714p5u

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Postos de saúde em todo o país funcionam amanhã (20) para o dia de mobilização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Idosos, gestantes, mulheres em período de puerpério (até 45 dias após o parto), crianças de 6 meses a 2 anos, índios, profissionais de saúde e doentes crônicos devem receber a dose.
A imunização começou no dia 15 de abril e segue até o dia 26. A meta da campanha é vacinar 32 milhões de pessoas que integram os chamados grupos prioritários, que incluem também a população carcerária.
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, o objetivo do dia de mobilização é facilitar o o de pessoas que trabalham e que têm dificuldade de comparecer às unidades de saúde durante o período comercial. “Apesar de ter toda a próxima semana, até o dia 26, não vamos deixar para a última hora. Procure a unidade de saúde mais próxima da sua casa para receber a vacina”, apelou.
Durante a campanha, serão distribuídos cerca de 43 milhões de doses que, este ano, protegem contra os seguintes subtipos de influenza: A (H1N1) ou gripe suína, A (H3N2) e B.
Edição: Juliana Andrade
Fonte: Aência Brasil

Governo vai atrair empresas para o Distrito Industrial de Canaã dos Carajás 6h123x

A Companhia de Desenvolvimento Industrial do Pará (CDI), a empresa Vale e a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) já firmaram a parceria destinada à criação do Distrito Industrial de Canaã dos Carajás, no sudeste paraense. Em reunião realizada na quarta-feira (17), na sede da CDI, o representante da Vale, Abraham Athar, informou que o Distrito Industrial de Canaã esta inserido no Programa de Fomento ao Desenvolvimento Socioeconômico do município, cuja responsabilidade de execução é do Projeto Ferro Carajás S11D, desenvolvido pela empresa.
Para acelerar o processo de criação, a Vale, em parceria com a Prefeitura de Canaã dos Carajás, já cedeu para o município um terreno, com 89 hectares, para instalação do empreendimento. A empresa também já negocia com a Celpa, concessionária de energia, a construção de uma linha de transmissão de energia, com 138 kV e 54 quilômetros de extensão, e a instalação de uma subestação em Parauapebas e de uma nova subestação em Canaã. Essas medidas visam ampliar a oferta de energia no DI, a fim de atrair mais empresas para o novo polo industrial.
Abraham Athar, gerente de Socioeconomia e Meio Ambiente, responsável pelo Projeto S11D, reafirmou o interesse da Vale em contribuir para a criação do distrito industrial da região. “O objetivo de investirmos na criação do DI é proporcionar a Canaã dos Carajás um ambiente empresarial e social que promova um desenvolvimento sustentável na área do Projeto Ferro Carajás S11D”, ressaltou.
Com base no Censo Empresarial de Canaã dos Carajás, realizado pela Vale, que aponta as potencialidades empreendedoras e os níveis de desenvolvimento da competitividade dos fornecedores locais, o titular da Seicom, David Leal, e a equipe de atração de investimentos da Secretaria, viabilizarão mais indústrias e fornecedores estratégicos para o distrito.
“A CDI fará o projeto conceitual do Distrito Industrial visando agilizar a implantação e levando em conta a comunicação de qualidade, para oferecer um bom e de internet aos empresários”, disse o diretor técnico Raimundo Wanderley, ao ressaltar a importância da expansão industrial na região.
Fonte: Agência Pará de Notícias

quinta-feira, 18 de abril de 2013 3o684g

MST faz protesto em várias cidades em memória ao Massacre de Eldorado dos Carajás 2q3966

Fonte: O GLOBO  

Em Belo Horizonte, 200 sem terra bloquearam o Anel Rodoviário no bairro de Batânia
Foto: Divulgação/ MST
Em Belo Horizonte, 200 sem terra bloquearam o Anel Rodoviário no bairro de BatâniaDivulgação/ MST
SÃO PAULO — O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza nesta quarta-feira uma série de manifestações em memória dos 19 sem terra assassinados no Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 17 de abril de 1996, e pela realização da Reforma Agrária. Pela manhã, foram fechadas por 19 minutos rodovias próximas a municípios onde o MST atua. As mobilizações fazem parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, chamada de Abril Vermelho.
Em Brasília, cerca de 500 manifestantes marcharam pela Esplanada dos Ministérios em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os integrantes do Sem Terra, acampados no Acampamento Nacional Hugo Chávez, querem pressionar o governo federal a acelerar a reforma agrária.
O MST e servidores do Incra fizeram a doação de 2 toneladas de alimentos na Rodoviária do Plano Piloto. Entre os produtos distribuídos estão: mandioca, batata doce, quiabo, feijão de corda, abóbora, abobrinha verde, todos vindos dos assentamentos e acampamentos do Distrito Federal e Entorno.
— Lembramos os mortos do massacre de Eldorado dos Carajás e, ao mesmo tempo, denunciamos a paralisação da Reforma Agrária no Brasil. São 150 mil famílias acampadas e o Governo parou a política de criação de assentamentos, mesmo existindo mais de 69 mil grandes propriedades improdutivas no país, que controlam 228 milhões de hectares de terra, segundo o Censo de 2010 — afirma Diego Moreira , integrante da coordenação nacional do MST.
Em São Paulo, Integrantes de movimentos sociais em prol de moradias saíram de pelo menos sete pontos da cidade em direção à prefeitura, no centro da capital. Ali, eles integrariam um documento com reivindicações ligadas à habitação e pediriam uma audiência com o prefeito Fernando Haddad (PT). Os sem terra pretendem reunir 10 mil pessoas na porta da prefeitura paulista.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 2.400 pessoas participam do ato no Viaduto do Chá, no centro. De acordo com informações da SPTrans, a presença dos manifestantes afeta também a circulação dos ônibus no local. Na região, 14 linhas am pelo local e tiveram seus trajetos modificados devido ao protesto.
No início da tarde, Haddad subiu em um carro de som e conversou com os manifestantes, segundo a prefeitura. Depois, os secretários de Habitação, José Floriano de Azevedo Marques Neto, e de Relações Habitacionais, João Antonio da Silva Filho, receberam uma comissão de manifestantes.
Segundo o MST, no Paraná, foram fechadas rodovias de Cascavel, Ramilândia, Clevelândia, Renascença, Londrina, Guairaçá, Nova Esperança, Santo Inácio, Faxinal, Tamarana, Porecatu, Arapongas, Pitanga, Ivaiporã, Ponta Grossa, Rio Bonito do Iguaçu, Quedas do Iguaçu, Luiziana, e Mandaguari.
Em Curitiba, 150 militantes protestaram em frente ao Tribunal de Justiça do Estado para exigir o desbloqueio da Reforma Agrária e o julgamento dos crimes cometidos na disputa de terras. E em Belo Horizonte, cerca de 200 sem terra bloquearam o Anel Rodoviário de Belo Horizonte, na altura do bairro Betânia, na região Oeste da capital, por 40 minutos.
Manifestantes invadem Secretaria de Educação em Porto Alegre
Cerca de mil manifestantes também invadiram a secretaria de Educação do Rio Grande do Sul e a sede da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) no estado, em Porto Alegre. Uma parte dos sem-terra continua acampada, desde ontem, em frente aos prédios dos ministérios da Fazenda e da Agricultura, no centro da capital gaúcha.
Na secretaria de Educação, os manifestantes exigiram do governo estadual investimentos na educação pública nas áreas de assentamentos. Eles forçaram o portão de entrada e ocuparam o prédio aos gritos. Houve tumulto no local. Os sem-terra tiveram reforço de manifestantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) e Levante Popular da Juventude.
Uma comissão de representantes dos movimentos foi recebida pela secretária-adjunta da Educação, Maria Eulália Nascimento. Os sem-terra querem a construção de escolas emergenciais nos assentamentos de São Gabriel, reformas e ampliações nas escolas do campo e retomada do grupo de trabalho da educação no meio rural.
— Nossa avaliação é de que a educação nas áreas rurais é um direito nosso e um dever do Estado – afirmou Irene Mafio, da coordenação estadual do MST.
Na sede da Conab, também houve um encontro com um dos representantes do órgão no estado. Os agricultores reivindicam a criação de uma Política Nacional Camponesa que apresente alternativas aos limites enfrentados no campo para o aos conhecimentos, à saúde, à moradia, ao saneamento básico, ao lazer, à cultura e que garanta as condições técnicas produtivas para a produção de alimentos saudáveis.

Câmara aprova lei que asfixia projetos de novos partidos 59305y

Por João Domingos, Eduardo Bresciani e Julia Duailibi
Sob pressão do Palácio do Planalto, a Câmara aprovou ontem à noite, por 240 votos a favor, 30 contrários e 13 abstenções, o texto-base do projeto de lei que limita o o de novos partidos ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda na TV e no rádio. O governo atuou fortemente nos bastidores pela aprovação da proposta. A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), telefonou para parlamentares e líderes cobrando a posição de partidos da base aliada. O Estado flagrou um desses telefonemas.O projeto seguirá para votação no Senado. Se aprovado, será levado à presidente Dilma Rousseff para a sanção presidencial.
O resultado cria muitas dificuldades para a candidatura da ex-ministra Marina Silva, que luta para formar seu novo partido, o Rede Sustentabilidade. E também atrapalha as pretensões do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), pois quem migrar de legenda não poderá levar com ele o tempo de TV. O prejuízo aos dois prováveis adversários do PT no ano que vem foi maior do que previa o projeto original do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP) porque os deputados aprovaram emenda do DEM que reduziu ainda mais o tempo de propaganda na TV das novas legendas.
De acordo com a lei eleitoral, dois terços do tempo de TV são distribuídos proporcionalmente ao número de representantes na Câmara para cada candidato à Presidência. Do tempo restante, um terço é distribuído igualitariamente aos partidos concorrentes. Com a emenda do líder do DEM, Ronaldo Caiado (DEM), o um terço restante será redistribuído em três: dois terços proporcionalmente ao número de representantes eleitos em 3 de outubro de 2010 e um terço para todos os partidos.
Como o tempo de propaganda diária de TV é de 3 mil segundos (50 minutos) diários, 2 mil segundos serão distribuídos para os candidatos de partidos que elegeram deputados e 1 mil segundos serão novamente divididos por três, cabendo 666 segundos para as legendas que elegeram parlamentar e 333 segundos para as que nada têm. Se os concorrentes à Presidência forem quatro, Marina terá 83 segundos, ou 1 minuto e 23 segundos por dia. No caso dos outros candidatos de partidos que elegeram deputados, os 83 segundos serão acrescidos ao tempo que receberão da divisão maior.Em minoria, os contrários à aprovação da proposta que inibe a criação de partidos fizeram de tudo para impedir a votação, mas sucumbiram diante da força dos partidos do governo, que contaram ainda com a ajuda do DEM.
Para o presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado Marcus Pestana, a aprovação do projeto foi "o Pacote de Abril do governo Dilma" - referência a um ato do ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979) que fechou o Congresso e baixou um pacote de medidas casuísticas em 1977. "A história do PT está sendo definitivamente derrotada", disse o líder do MD (Mobilização Democrática), Rubens Bueno (PR). O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) definiu a manobra como "um casuísmo abjeto e safado para prejudicar Marina". O líder do PT, deputado José Guimarães (CE), rebateu: "Não estamos aqui orientados pelo Planalto, mas por nossa história em defesa da democracia."
?Rolo compressor?
Pré-candidato tucano à Presidência da República, o senador Aécio Neves (MG) acusou o governo de patrocinar o projeto de lei. "O governo federal, quando lhe interessa criar partidos, estimula e dá instrumento, mas quando acha que pode prejudicá-lo age com rolo compressor. A presença de outras candidaturas eleva o debate e numa democracia como o Brasil ninguém pode querer ganhar uma eleição no W.O.", disse Aécio, recorrendo à linguagem usada no futebol para atribuir a vitória a um time quando o outro não disputa o jogo.
Os presidenciáveis reagem em coro contra a aprovação da proposta. Para Marina, o projeto "é o tiro de misericórdia nos que pensam diferente do governo do PT". Aécio fez críticas à atuação do governo e defendeu a pluralidade de candidaturas em 2014, fazendo elogios a Campos e a Marina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Audiência pública discutirá qualidade do transporte público do Pará 5q2130



A Comissão de Viação e Transportes aprovou nesta quarta-feira (17) um requerimento do deputado Zequinha Marinho (PSC-PA) que solicita a realização de audiência pública para debater as condições do transporte coletivo intermunicipal e interestadual que fazem viagens no Estado do Pará. 

Segundo Marinho, usuários têm reclamado constantemente das condições das viagens oferecidas nos transportes públicos, que estão velhos, sujos, sem conforto e segurança. De acordo com o parlamentar, os paraenses também denunciam a falta de policiamento militar dentro do terminal e de um detector de metal para inibir a ação dos bandidos. “A falta de segurança no embarque dos terminais rodoviários vem sendo a causa de dezenas de assaltos a ônibus intermunicipais e interestaduais no Pará. As quadrilhas colocam em risco a vida de motoristas, cobradores e ageiros. Além disso, motoristas e cobradores das empresas que fazem linhas para o interior também reclamam das condições que são obrigados a trabalhar”, ressaltou o deputado do PSC. 

ASCOM PSC Nacional